quinta-feira, 29 de julho de 2010

Amor!


Amor!

Não vale mais como promessa

Só se for como desejo.

O vento inflou as velas

E as águas já são profundas.

O sol ficou para traz

E nova manhã não tarda.

Só fogo forte ferve o amor

No braseiro ele amorna.

Não vale mais como certeza

Só se for como talvez.

Santaroza

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Olhos teus!


Olhos teus!

No vasto lago de teus olhos

Mergulho minha sede de ternura

Na vontade louca de na profundeza

De teus vales encontra solo fértil

Onde possa semear meu amor!

Já que de teu peito tenho a seiva

Que me lava a alma em deleite

Cavalgando comigo ás estrelas

Colorindo-me a vida de dourado

Nas praias doces de teu ventre!

Santaroza

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Amanhecer!


Amanhecer!


Revoada de andorinhas
Sol nascente na manhã
Areias beijando o mar.

Cheiro de relva molha
Sereno ainda nas flores
Pássaros na goiabeira.

Borboletas beijando flor
Coelhos tomando sol
Água fresca de cacimba.

E eu pintando aquarela
Em cada verso da tela
Poesia de amanhecer.


Santaroza

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Volta!


Volta!



Amada minha que distante se vai nas horas,
Alaga-me o peito, já, de saudades infindas,
Desejoso que me encontro de ter em mim,
Teus contornos ofegantes atrelados ao meu.

Ouve meu chamado de coração partido,
E retorna breve antes que eu me renda,
Ao vulto da solidão que me apavora,
Posto que não sinto mais o perfume teu.

Ainda que o lençol ainda pareça te vestir,
Os cetins da cama encontram-se já frios,
Saudosos também de tua cantilena,
Quando nas noites nosso amor explode.

Santaroza

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Deserto!


Deserto!


Anjos do vento
Me tocam a face.

Pelas narinas
Me entram o mar.

Sinto gosto de sal
No beijo da brisa.

Vejo gaivotas brancas
Já bem perto do sol.

Meus rastros na areia
Não têm direção.

São passos sem passos
De meu coração.

Prenuncio de noite
Raiar de luar.

Varanda vazia
Rede sem dono.

Lampião apagado
Coração em deserto.


Santaroza

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Nós!


Nós!


Não há ponto obscuro
Não há nada escondido
Somos elos de nós.

O vento e a folha
O papel e o poema
Somos nosso tema.

A canoa e o remo
A água e o barrando
E flor e a flora.

O desejo e o tesão
O sonho e o sono
A estrela e o luar.

A taça e a champanhe
O vinho e a lareira
O lençol e o travesseiro.

A musica e o pensamento
O beijo e a saliva
O baralho e o jogador!

Santaroza

terça-feira, 6 de abril de 2010

Tarde!

Tarde!


Já era tarde eu acho,
O sono já se deitava em mim,
Você prometera... Mas com a chuva...
Não veio... Não viria...
Incomodava-me o telefone mudo,
A lareira ainda acesa,
As almofadas no chão da sala,
Um filme na tela grande,
E o vinho quase sem gelo,
Acho que já é tarde!

Santaroza

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Paixão!

Paixão!


Sinto assim um cheiro de mar,
Um verso leve a rimar,
Basta eu pensar pra viajar,
E no horizonte te encontrar,
São as razões do coração,
Muitas certas, outras não,
Seja outono ou verão,
Isso se chama paixão,
É um sentimento incontido,
Às vezes amargo e dolorido,
É como se estivesse ferido,
Em mim uma flecha de cupido,
É dor que dói por prazer,
Não há o que se fazer,
É tão gostoso te querer,
És parte de meu viver!


Santaroza

quinta-feira, 18 de março de 2010

Além do peito!

Além do peito!



Ama-me além do seu peito,
Como o pássaro que canta,
Ama-me sem nenhum respeito,
Põem pra fora e me encanta.

Negue se for preciso,
Esconda se for necessário,
Mas entre as paredes e o piso,
Faça de mim seu berçário.

Ama-me em liberdade,
Como se fora andorinha,
Sem nenhuma castidade,
Apenas querendo ser minha.

Declara se for verdade,
Proclama se for de seu gosto,
Sinta-se sempre á vontade,
Para espelhar-me em seu rosto.

Lembre-se só de me amar,
Mesmo que possas mentir,
Sem amor minha vida é mar,
E meu barco pode partir!


Santaroza

terça-feira, 9 de março de 2010

Pra’mar!

Pra’mar!



Flor de meu desejo
Versos de meu amor
Minha estrela em lampejo
Meu poema em ardor.

Es tu que veleja comigo
Nos sonhos e pensamentos
Es tu meu sono e abrigo
Em meus desejos ao vento.

Santa e profana senhora
Oráculo de meus penhores
Que me importa se chove lá fora
Se aqui tenho teus amores.

Magia que doma meu peito
Feito canção de ninar
Dama Vênus de meu leito
Mulher feita pra amar.


Santaroza

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Dar e ter!

Dar e ter!


Amor, doce , suave, sonoro...
Palavra que cala, que sela, que ala...
Gesto que cura, que salva, que sara...
Cantado, escrito, contado, falado...
Sonhado, molhado, de póro com póro!

Santaroza