quarta-feira, 5 de maio de 2010

Volta!


Volta!



Amada minha que distante se vai nas horas,
Alaga-me o peito, já, de saudades infindas,
Desejoso que me encontro de ter em mim,
Teus contornos ofegantes atrelados ao meu.

Ouve meu chamado de coração partido,
E retorna breve antes que eu me renda,
Ao vulto da solidão que me apavora,
Posto que não sinto mais o perfume teu.

Ainda que o lençol ainda pareça te vestir,
Os cetins da cama encontram-se já frios,
Saudosos também de tua cantilena,
Quando nas noites nosso amor explode.

Santaroza

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Deserto!


Deserto!


Anjos do vento
Me tocam a face.

Pelas narinas
Me entram o mar.

Sinto gosto de sal
No beijo da brisa.

Vejo gaivotas brancas
Já bem perto do sol.

Meus rastros na areia
Não têm direção.

São passos sem passos
De meu coração.

Prenuncio de noite
Raiar de luar.

Varanda vazia
Rede sem dono.

Lampião apagado
Coração em deserto.


Santaroza