terça-feira, 22 de setembro de 2009

Poeta!

Poeta!


Ao passo que a vida passa
Não consigo mais ser segredo
Quero ser a palavra
Contada dos autos montes.

Não para que seja entendida
Mas apenas para ser sentida
E depois se quiserem
Ser rejeitada.

Mesmo porque não pretendo
Ser unanimidade
E nem consenso
Busco apenas ser identidade.

Ou seja, o eco do que me fala a alma
O espelho do que me dita o peito
A tinta que mancha o papel
Vertida do tinto de meu sangue.

Por isso nasci poeta
Para consolidar isso é que escrevo
Independente da dor ou riso
Apenas porque preciso.


Santaroza

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